BRASILIA, Jul 10, 2020 / 14:00 pm
Em um vídeo que tem alcançado grande repercussão nas redes sociais, um sacerdote faz uma correção à letra do canto de entrada da Santa Missa, afirmando que "estamos no reinado de Cristo, não do povo", conforme afirmava a letra da canção.
O fato ocorreu no último domingo, 5 de julho, em Missa celebrada na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Samambaia (DF), pelo pároco Padre Ulysses Reis de Carvalho, e transmitida ao vivo pela página da Paróquia no Youtube.
Durante a procissão de entrada, o ministério de música entoa a canção "Quando o dia da paz renascer", composta por Zé Vicente e gravada por Padre Zezinho, SCJ. No trecho cantado, a letra da música afirma: "Quando o dia da paz renascer, quando o sol da esperança brilhar, eu vou cantar; Quando o povo nas ruas sorrir e a roseira de novo florir, eu vou cantar; Quando as cercas caírem no chão, quando as mesas se encherem de pão, eu vou sonhar; Quando os muros que cercam os jardins destruídos então os jasmins vão perfumar; Vai ser tão bonito se ouvir a canção cantada, de novo; No olhar da gente a certeza do irmão; Reinado, do povo".
Ao final da canção, Pe. Ulysses corrigiu: "Estamos no reinado de Cristo, não do reinado do povo, porque o povo só faz bobagem".
Em seguida, o sacerdote observou que, "se prestarem atenção nessa música, ela não fala o nome de Jesus, de Cristo, de Deus, nenhuma vez. É o que a gente chama de um hino humanista, não um hino cristão, muito menos católico".
Essa correção feita pelo pároco teve repercussão nas redes sociais e, no canal do Youtube da Paróquia, Pe. Ulysses ainda explicou: "Aquele canto contém erros de natureza teológica e doutrinal. Expressa uma forma de humanismo sem base cristã, de inspiração marxista e revolucionária".
"Como responsável por essa paróquia e diante das muitas centenas de pessoas que assistiram a missa ao vivo e online, era meu dever fazer a correção, que não foi dirigida aos cantores, mas à letra e seu conteúdo. A má qualidade das letras e melodias dos cantos pretensamente litúrgicos cantados em nossas igrejas fazem doer a alma", acrescentou.
Entre os comentários, Alisson F. agradeceu ao sacerdote "por alertar a comunidade sobre a música" e afirmou que "uma das formas de caridade é alertar e corrigir as pessoas do erro, ainda mais com algo tão prejudicial como o marxismo querendo colocar o povo acima de Deus, Cristo que deve reinar, não o povo".
Por sua vez, Pe. Luciano Carvalho, também da Arquidiocese de Brasília, assinalou que "o pastor agiu de forma cirúrgica e caridosa ao perceber o erro e alertar o povo, não expondo os cantores e sim o canto". "Não sejamos uma geração que não suporta a correção. O gesto do padre evidência algo importante que precisa ser corrigido", indicou.
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